terça-feira, 25 de dezembro de 2012

Natal do Senhor



Nossa Igreja celebra com a solenidade do Natal a manifestação do Verbo de Deus aos homens. É este de fato o sentido espiritual que decorre da própria liturgia, que oferece para a nossa meditação o nascimento eterno do Verbo (O FILHO, JESUS).


Embora seja uma das festas religiosas mais conhecidas no mundo, o Natal tem suas origens em cultos pagãos de adoração ao sol, que, no Hemisfério Norte, aconteciam durante o solstício de inverno.

Nessa época, as noites são longas e frias, por isso, a volta do Sol, trazendo luz e calor, era festejada com músicas e danças. 

Nesta ocasião os escravos recebiam presente dos seus senhores e eram convidados a sentarem à mesa como cidadãos livres. 

O cristianismo deu um significado novo a esta festa, ao celebrar o nascimento daquele que é o verdadeiro SOL, a LUZ DO MUNDO, Dia que rompe nas trevas. 

Hoje é o dia de todos nós que acreditamos na vida, na força do amor, na comunhão e na fraternidade universal.



A tradição da troca de presentes nasceu das oferendas dos Magos ao Menino Jesus e a ela, muito mais tarde, foi incorporada a figura de Papai Noel, que acabou se tornando um autêntico símbolo de Natal. 

Os presentes trazidos pelo bom velhinho ganharam assim, um valor especial de demonstração de afeto e estima. O presenteado reassegura-se de que é amado pelo semelhante.

Fonte: http://arquidiocesepoa.org.br/ps.asp

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

CRUZ PEREGRINA VOLTA À CANOAS


C O N V O C A Ç Ã O

Todos os Ministros da Palavra, do Vicariato de Canoas, estão convocados para o compromisso da prática da Leitura Orante da Bíblia sobre o Ano da Fé e a Porta da Fé no dia 22/12/12 - na Paróquia N. Sª do Caravaggio, em Canoas, das 15 as 16:30 horas.

A Cruz Peregrina  retornou ao Estado, devido a problemas alfandegários com o Chile.  Como o Paraná irá recebê-la no mês de janeiro, neste mês de dezembro o Estado do Rio Grande do Sul assumiu a sua permanência.  Assim, desde o dia 22/12 as 10 horas até as 10 horas do dia 23/12,  a Cruz Peregrina estará na Paróquia Nossa Senhora do Caravaggio, com a seguinte programação:

9:30h    CHEGADA DA CRUZ PEREGRINA
10:00h TERÇO COMUNITÁRIO COM PROCLAMAÇÃO DA PALAVRA
12:00h SILÊNCIO TOTAL
14:00h RECEPÇÃO AOS CARENTES DA COMUNIDADE
14:30h ACOLHIDA DOS JOVENS DO VICARIATO
15:00h LEITURA ORANTE COM O MINISTÉRIO DA PALAVRA
16:30h EXPLICAÇÃO DA CRUZ (Diácono Rodrigo)
17:00h VISITA A CASA DE ACOLHIDA DOS DEPENDENTES QUÍMICOS
18:30h CELEBRAÇÃO EUCARÍSTICA


domingo, 2 de dezembro de 2012

Lc 21,25-28.34-36 - A espera transviada

A partir do primeiro domingo do Advento, iniciamos o ciclo C do Ano Litúrgico, o qual segue o evangelho de Lucas.



A espera humana não é, na verdade, a espera de alguma coisa, mas de alguém. Alguém que nos reconheça e queira que existamos. Isto se verifica no nível mais elementar da psicologia, mas vai muito mais longe; porque este que esperamos será o elo que nos juntará a todos na unidade que é o fruto do amor.

A reflexão é de Marcel Domergue, sacerdote jesuíta francês, publicada no sítio Croire, comentando as leituras do 1º Domingo de Advento (2 de dezembro de 2012). A tradução é de Francisco O. Lara, João Bosco Lara, e José J. Lara.

Hoje

Não vou mais me prolongar sobre os símbolos apocalípticos, pois já falamos deles em comentários precedentes. Notemos apenas que são descrições que se aplicam ao que estamos vivendo hoje. Vivemos sob um regime que opera a divisão entre o homem e a natureza e, também, entre os homens. São conflitos mortais, cuja presença pode ser notada desde Gn 3 e 4. O Cristo - o homem do fim, homem escatológico - põe termo ao conflito entre o homem e a natureza: Quem é este a quem até os ventos e o mar obedecem? (Mt 8,27). Mas o conflito entre os homens só será superado quando um Filho do homem der a sua vida pela vida de seus irmãos e, pelo Espírito, nos conceder a capacidade de fazer o mesmo. De repente, a morte que representava o resultado final destes conflitos, faz-se ausente na nova criação. Por ora, deixemos de lado o outro conflito, central, que opõe o homem à mulher, trazendo a divisão para o interior mesmo do ser humano. Estamos à espera da vitória de Deus e do homem sobre tudo o que nos divide e nos destrói. E isto irá acontecer na hora do julgamento, quando Deus, a nossa origem, irá nos separar de tudo o que nos divide. As Escrituras falam com frequência sobre isto como sendo a vingança ou a revanche de Deus, mas devemos compreender que esta vingança não se volta contra nós. Ao contrário, ela vem a nosso favor. A revanche de Deus se confunde com a revanche do homem.

O tempo da espera

É raro encontrar-se um ser humano que esteja satisfeito com a sua sorte. Isto bem que poderia ser melhor! pensa-se. Vem daí esta busca constante por aperfeiçoamentos que sejam inéditos. É uma insatisfação que está presente em todos os domínios. Sabemos como até os santos procuram obstinadamente progredir em direção a uma perfeição que jamais será alcançada. Por outro lado, estarmos abertos ao que possa acontecer e que está se preparando, estarmos preparados para o que vem, é absolutamente necessário; caso contrário, grandes tumultos e muita morte poderão ocorrer, quando o novo se fizer irromper. A questão inevitável é: vamos viver esta espera em regime de medo ou de esperança? Devemos ser profetas da desgraça ou da felicidade? Não é necessário que nos apressemos a responder, porque o futuro pode ser de guerra ou de paz, de prosperidade ou de miséria, de saúde ou de doença. Já vimos que as Escrituras não pecam por ingenuidade. Anunciam a volta do Cristo, à vitória do Filho do homem, à revanche de Deus, mas através de catástrofes cósmicas, políticas e sociais. Resulta daí, no entanto, uma certeza: o mal e a desgraça, desde já disseminados pelo mundo e sem falsas esperanças de que desaparecerão um dia, não devem nos amedrontar. Pois Deus vem, de fato, para o melhor: para este nascimento do homem novo que esperamos na alegria. E vem também para o pior: a Paixão e a morte do Filho único, do homem único na perfeição da humanidade. Seja forte, Israel, arregaça as mangas, pois Deus te fará entrar nesta terra nova que te prometeu.

A espera transviada

É certo que existe quem não espera nada. E de muitas maneiras. Primeiro, existem os que estão satisfeitos, que se acham bem como estão, com o que têm. Mas, um dia, a vida virá com as surpresas que ela traz, para acordá-los desta sua frágil segurança. E a esta sua letargia opõe-se o conselho evangélico para vigiar:Ficai atentos!. Vigilância que, no limite, pode vir a dissolver-se no alcoolismo, na droga ou nas distrações de que falava Pascal (distração que nos diverte e que, insensivelmente, nos faz chegar à morte). Mas a espera, de que falam as Escrituras, pode encontrar outros substitutos; por exemplo, a violência, filha da impaciência. Ou as ideologias, que podem se tornar paródias da autêntica esperança. Lembremos a confiança desmedida do cientificismo com vistas à pesquisa científica, ou dos amanhãs que cantam de tantas utopias políticas. Isto não significa que as diversas pesquisas humanas sejam desprovidas de valor, mas, quanto a isto, convém que nos entreguemos à humildade, por saber que o sucesso nestas matérias não irá resolver todos os nossos problemas. A razão disto é que a espera humana não é, na verdade, a espera de alguma coisa, mas de alguém. Alguém que nos reconheça e queira que existamos. Isto se verifica no nível mais elementar da psicologia, mas vai muito mais longe; porque este que esperamos será o elo que nos juntará a todos na unidade que é o fruto do amor.


quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Arquidiocese ordenará cinco novos padres

No mês de dezembro acontece a série de
Ordenações Sacerdotais de nossa Arquidiocese.
Confira as datas e agende-se:


DIÁCONO CHARLE VARGAS TEIXEIRA
Ordenação no dia 07/12 às 20horas
Local: Paróquia Imaculado Coração de Maria, em Esteio.
Rua Coração de Maria, 120.
DIÁCONO MAICO PEZZI DOS SANTOS
Ordenação no dia 08/12 às 20 horas
Local: Paróquia Nossa Senhora Madre de Deus (Catedral Metropolitana)
Rua Duque de Caxias, 1047, Centro, Porto Alegre.

DIÁCONO JORGE FRANCISCO VITCZACK
Ordenação no dia 14 às 20 horas
Local: Paróquia São José Operário, em Alvorada.
Rua Oceania, 166, Centro.


DIÁCONO MÁRCIO MACEDO GUIMARÃES
Ordenação no dia 21 de dezembro às 20 horas
Local: Paróquia São Cristovão, em Porto Alegre
Rua Osmindo Júlio Kuhn, 439, Bairro Santa Fé.

DIÁCONO RODRIGO WEGNER DA COSTA
Ordenação no dia 28 às 20 horas
Local: Paróquia São Luís Gonzaga, em Canoas.
Rua Cônego Leão Hartmann, 82, Centro.


Fonte: http://arquidiocesepoa.org.br/paf.asp?catego=1&exibir=2891

sábado, 17 de novembro de 2012

A chegada do Reino de Deus e a aparição do Filho do Homem - Marcos 13,24-32


O "fim" orienta nosso presente


Estamos chegando ao final do ano litúrgico cristão. A Festa de Cristo Rei, que celebraremos o próximo domingo, coroa esse fim.

É por isso que a liturgia, em vista a preparação desta festa, nos oferece o evangelho de hoje com claras características apocalípticas.

Todo o capítulo 13 deste evangelho é chamado de "apocalipse de Marcos".Temos que levar em conta que Jesus vivia num ambiente marcado pela efervescência apocalíptica. Esperava-se o Messias, a intervenção de Deus na história, o fim do mundo, a era definitiva.

Também as comunidades primitivas vivem essa expectativa dos finais dos tempos, na espera da nova vinda do Senhor.

Mas Marcos ao empregar uma linguagem apocalíptica, não quer falar de coisas futuras, mas conduzir a comunidade cristã ao discernimento diante de fatos catastróficos com a destruição de Jerusalém e do Templo (ano 70d.C.) e ao compromisso cristão.


Em nosso tempo, também é comum escutar previsões sobre quando vai ser fim do mundo, a entrada no terceiro milênio parecia para muitos o início do fim. Vários acontecimentos dos últimos anos marcam para alguns esse final...

Nas notícias do día 18/09/2010 o filósofo esloveno Slavoi Zizek refere-se também ao apocalipse ecológico como "outro sinal desse fim dos tempos" como um aspecto que pode ser considerado cínico na nossa realidade.

No final do evangelho de hoje, Jesus nos adverte que o importante não é saber o dia e a hora, isso somente compete ao Pai, nem Jesus mesmo o sabe!! Então o que é importante saber ou levar em conta sobre o fim?

Dirigir nosso olhar para o fim, nos remete para o hoje, o presente de nossa história, porque o fim, a meta de toda a humanidade é a comunhão com Deus, com o Pai. Ele mesmo nos orienta para onde está sua atenção, sua paixão, seu coração latejando: a história humana, seus filhos e filhas, o cosmos...

Este caminho de volta ao Pai, que é nossa vida, não está extinto de dificuldades, sobretudo se queremos viver seriamente nossa fé. Onde encontramos força para continuar peregrinando?

A comunidade primitiva sofreu sérios problemas internos e externos. Marcos busca levar o olhar além deles: «Nesses dias, depois da tribulação, o sol vai ficar escuro, a lua não brilhará mais...". 

Esses sinais grandiosos, catástrofes cósmicas, são sinônimos, no Antigo Testamento, de que Deus age na história em favor dos seus. Já no livro do Apocalipse os acontecimentos cósmicos preanunciam a novidade que Deus vai criar.

Assim sendo, o evangelista está encorajando a sua comunidade a colocar sua esperança em Deus que não somente não os abandona, mais ainda está agindo na história, fazendo algo novo, vencendo os diferentes tipos de morte.

Essa esperança certa moveu os cristãos de todos os tempos a resistir nas perseguições e continuar na luta pela expansão do Reino.

O evangelista, inspirando-se no profeta Daniel, apresenta, a vinda do Filho do Homem, sobre nuvens, sinal da presença de Deus no Antigo Testamento, marcada pelo julgamento.

Paradoxalmente, o ator do julgamento é o próprio ser humano! Ele constrói no presente de sua história a eternidade que viverá!


Acreditar que o Senhor está presente na história e virá definitivamente no final dos tempos, leva os cristãos e cristãs a não baixar os braços, antes bem a se esforçar, imbuídos da graça de Deus, no serviço de Seu Projeto de Vida em abundância para todos e todas!

Qual é visão que eu tenho do fim dos tempos? Como estou construindo minha eternidade?


Com a parábola da figueira, Jesus quer ensinar a sua comunidade a aprender, distinguir e discernir os sinais da presença de Deus no mundo, na história.

É por meio deles que Deus vai conduzindo seu projeto e a própria história para um rumo novo.

Assim como não é tarefa da comunidade especular sobre o fim dos tempos, também não o é, ficar preso aos sinais, nem ignorá-los, mesmo antes de saber lê-los á luz da Palavra de Deus.

Nela se encontra o critério seguro para descobrir como e onde Deus atua e nos quer como comunidade agindo na história, respondendo aos diferentes apelos de nossos irmãos/ãs e de nossa mãe terra também!
Porque "o céu e a terra desaparecerão, mas as minhas palavras não desaparecerão".

Referências
BARBAGLIO, Giuseppe, FABRIS, Rinaldo; MAGGIONI, Bruno. Os Evangelhos (I). São Paulo: Loyola, 1990.
KONINGS, Johan. Espírito e mensagem da liturgia dominical. Porto Alegre: Escola Superior de Teologia, 1981.

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Anunciadas as transferências e nomeações na Assembleia do Clero

A Arquidiocese de Porto Alegre realizou nos dia 13 e 14 de novembro a Assembleia Anual do Clero, onde reuniu bispos, padres e diáconos no Seminário São José, em Gravataí. Na tarde de quarta-feira, 3, o arcebispo metropolitano, Dom Dadeus Grings, anunciou as novas nomeações e transferências do clero da Arquidiocese. Os anúncios foram feitos conjuntamente com os bispos auxiliares Dom Jaime Spengler e Dom Agenor Girardi.


Transferências para o Vicariato de Porto Alegre

Jacques Szortika Rodrigues - Paróquia Menino Deus
Jaime José Caspary - Paróquia São Vicente Mártir
João Manoel Prates Piccoli - Paróquia São José do Sarandi
Romeu Maldaner - Paróquia Santo Antônio Pão dos Pobres
Marcos Vinicius Ferreyro - Paróquia Imaculado Coração de Maria - Passos das Pedras
Eduardo da Silva Santos - Paróquia Jesus Divino Mestre
Sérgio Bellmonte - Paróquia Nossa Senhora das Graças (Porto Alegre)
Renato Neuhaus (Vigário) Par. São Pedro (Porto Alegre)
Paulo Klein - Paróquia N. Sra. do Rosário (POA)
Márcio Guimarães (vigário) - Paróquia Santa Rita de Cássia (POA)
Cláudio D'Angelo Castro - Promoção Vocacional - (Viamão)
Silvio Guterres Dutra - Vice Reitor Seminário de Viamão
Maikel Herold - Vice Reitor Seminário de Viamão
Fioravante Antônio Moreschi - Lar Sacerdotal


Transferências e nomeações para o Vicariato de Guaíba

Adilson Corrêa da Fonseca - Paróquia Santa Bárbara - Arroio dos Ratos
Diácono Diego da Silva Corrêa - Paróquia Santa Bárbara - Arroio dos Ratos
Tiago Cantuária Tedesco - Paróquia Nossa Senhora da Paz - Guaíba
Tom - Luiz Antônio Larratea - Paróquia N. Sra. de Fátima - Guaíba
Jorge Francisco Vitczak (Vigário) . Paróquia N. Sra. de Fátima - Guaíba
Jorge Soares Menezes (Vigário) Paróquia N. S. Navegantes - Charqueadas
Charles Vargas Teixeira (Vigário) Paróquia N. Sra. do Rosário - Barão do Triunfo
Jevérson Peixoto de Oliveira - Paróquia N. Sra. dos Navegantes - Arambaré
Luiz Ricardo de Araújo Xavier - Paróquia Santo Amaro - General Câmara


Transferências para o Vicariato de Gravataí

Marcus André Hartmann - Paróquia Santa Hedviges - Alvorada
Heitor Morschel - Paróquia Santa Luzia - Cachoeirinha
Luiz Osório Figueiredo - Paróquia Santa Teresinha - Capão da Porteira
Geraldo Schommer - Paróquia Santa Luzia - Morungava
Diac. Gustavo André Haupenthal - Paróquia S. José Operário - Alvorada
Diac. Lucas Matheus Mendes - Paróquia N. Sra. da Saúde - Alvorada
Rodrigo Wegner da Costa (vigário) Paróquia S. Vicente de Paula - Cachoeirinha


Transferência para o Vicariato de Canoas

Diácono Fabiano Glaser dos Santos - Paróquia Imaculado Coração - Esteio
Adelar Hastenteufel - Paróquia N. S. das Graças - Esteio
Maico Pezzi Santos (Vigário) Paróquia São José - Sapucaia
Wagner Cardoso Bianchini - Paróquia N. S. da Conceição - Canoas
Diácono Tales Pagot - Paróquia São Luís Gonzaga – Canoas


Postado por Magnus Regis - Jornalista PASCOM 
Em 14 de novembro de 2012, às 16h40min


segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Minissérie de TV retrata a rotina dos Papas do Concílio Vaticano II

Papasdoconcilio


Concílio Ecumênico Vaticano II foi convocado no dia 25 de janeiro de 1961, através da bula papal "Humanae salutis", pelo papa João XXIII. Este mesmo Papa inaugurou-o, a ritmo extraordinário, no dia 11 de outubro de 1962. O Concílio, realizado em quatro sessões, só terminou no dia 8 de dezembro de 1965, já sob o papado de Paulo VI.

Nestas quatro sessões, mais de dois mil bispos convocados, de todo o planeta, discutiram e regulamentaram vários temas da Igreja Católica. As suas decisões estão expressas nas quatro constituições, nove decretos e três declarações elaboradas e aprovadas pelo Concílio.

Neste ano de 2012 a Igreja celebra os 50 anos da abertura desse grande evento. Em comemoração ao jubileu de prata será exibida, pela primeira vez na televisão brasileira, a minissérie “Papas do Concílio”.
Com base em dois filmes produzidos na Itália e inéditos no Brasil, a minissérie retrata a trajetória do Papa João XXIII e do Papa Paulo VI, principais protagonistas do Concílio.

A produção que terá dez episódios conta, também, com depoimentos das personalidades mais importantes do episcopado brasileiro, que vivenciaram o período histórico mais marcante da Igreja Católica.

“Papas do Concílio” estreia no próximo dia 12 de novembro, em dois horários, às 14h e às 20h, na TV Aparecida.



sábado, 3 de novembro de 2012

Canoas recebe a Cruz e o Ícone de Maria da JMJ

Vicariato de Canoas - 03 de Novembro

14h30min: Chegada dos Símbolos no Santuário São Cristóvão, seguida de Celebração Eucarística presidida pelo Vigário Episcopal de Canoas, Dom Agenor Girardi

17h: Momento com Show, oração, espiritualidade e confissões

19h: Carreata até a Unidade de Reciclagem do Guajuviras e Peregrinação pelo bairro com Ícones da JMJ

21h: Entrega dos Símbolos para o Vicariato Gravataí

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

domingo, 28 de outubro de 2012

Com olhos novos (Marcos 10,46-52)

A leitura que a Igreja propõe neste domingo é o Evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos 10,46-52 que corresponde ao 30º Domingo do Tempo Comum, ciclo B do Ano Litúrgico. O teólogo espanhol José Antonio Pagola comenta o texto.


A cura do cego Bartimeu é narrada por Marcos para urgir as comunidades cristãs a sair da sua cegueira e mediocridade. Só assim seguirão Jesus pelo caminho do Evangelho. O relato é de uma surpreendente atualidade para a Igreja dos nossos dias.
Bartimeu é um mendigo cego sentado à beira do caminho. Na sua vida sempre é de noite. Ouviu falar de Jesus, mas não conhece o Seu rosto. Não pode segui-lo. Está junto ao caminho por onde Ele passa, mas está fora. Não é esta a nossa situação? Cristãos cegos, sentados junto ao caminho, incapazes de seguir Jesus?
Entre nós é de noite. Desconhecemos Jesus. Falta-nos luz para seguir o Seu caminho. Ignoramos para onde se encaminha a Igreja. Não sabemos sequer que futuro queremos para ela. Instalados numa religião que não consegue converter-nos em seguidores de Jesus, vivemos junto ao Evangelho, mas fora. Que podemos fazer?
Apesar da sua cegueira, Bartimeu capta que Jesus está a passar próximo dele. Não hesita um instante. Algo lhe diz que em Jesus está a sua salvação: Filho de David, tem piedade de mim. Este grito repetido com fé vai desencadear a sua cura.
Hoje ouvem-se na Igreja queixas e lamentos, críticas, protestos e mutuas desqualificações. Não se escuta a oração humilde e confiada do cego. Esquecemo-nos que só Jesus pode salvar esta Igreja. Não nos apercebemos da Sua presença próxima. Só acreditamos em nós.


O cego não vê, mas sabe escutar a voz de Jesus que lhe chega através dos Seus enviados: Coragem, levante-se, porque Jesus está chamando você.. Este é o clima que necessitamos criar na Igreja. Animar-nos mutuamente a reagir. Não continuar numa religião convencional. Voltar a Jesus que nos está a chamar. Esse é o primeiro objetivo pastoral.
O cego reage de forma admirável: solta o manto que lhe impede levantar-se, dá um salto no meio da sua escuridão e aproxima-se de Jesus. Do seu coração só brota uma petição: Mestre, eu quero ver de novo. Se os seus olhos se abrem, tudo mudará. O relato conclui dizendo que o cego recobrou a vista e o seguia pelo caminho.
Esta é a cura de que necessitamos. O salto qualitativo que pode mudar a Igreja. Se mudarmos o nosso modo de ver Jesus, se lermos o Seu Evangelho com olhos novos, se captarmos a originalidade da sua mensagem e nos apaixonarmos pelo Seu projeto de um mundo mais humano, a força de Jesus irá nos arrastar. As nossas comunidades conhecerão a alegria de viver seguindo-o de perto.

Fonte: http://www.ihu.unisinos.br/noticias/514901-com-olhos novos

sábado, 27 de outubro de 2012

domingo, 21 de outubro de 2012

Campanha Missionária 2012

Este ano a Igreja no Brasil reflete o tema “Brasil missionário partilha tua fé” em sintonia com os temas do 3º Congresso Missionário Nacional, que aconteceu em Palmas (TO) de 12 a 15 de julho e do 4º Congresso Missionário Americano que também é o 9º Congresso Missionário Latino Americano (CAM 4/Comla 9) que se realizarão em Maracaibo, Venezuela, em 2013, com o tema “América Missionária partilha a tua fé”.
As Pontifícias Obras Missionárias (POM) extraordinariamente realiza a Campanha de 2012 sem seguir a temática da Campanha da Fraternidade da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) devido aos referidos congressos missionários.
A temática partilha a tua fé tem por objetivo chamar a atenção da Igreja para a importância da universalidade da missão que deve ser pensada para além das fronteiras do ser cristão, sejam elas geográficas ou não, ou seja, a Igreja missionária é aquela que está onde é necessário. Por isso, a Igreja Católica no Brasil e na América Latina convida, através da Campanha Missionária deste ano, toda a comunidade cristã a repensar o seu papel enquanto anunciadora do mandato de Jesus Cristo, “Ide, pois, fazer discípulos entre todas as nações, e batizai-os em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo (Mt 28, 19-20)”.
Materiais
A Novena Missionária traz este ano 60 páginas com orações, cantos, partilhas, canções. O subsídio contém ainda informações importantes sobre os cinco continentes e o trabalho missionário desenvolvido neles; portanto, há várias partilhas, com o objetivo de situar os fiéis sobre a dimensão missionária da Igreja no mundo atualmente. Os missionários, ao longo da Novena, dão testemunho de sua experiência em vários países. O material pode ser utilizado pelos grupos de reflexão, nas comunidades, escolas, ou simplesmente nas casas de família.
O DVD é outro apoio que dinamiza as discussões e reflexões durante a Campanha Missionária. Para cada dia da novena é oferecido um documentário, que apresenta uma realidade do mundo ligada ao trabalho missionário desenvolvido por leigos, padres e religiosos (as) nos cinco continentes. Podem ser utilizados nos momentos das homilias dominicais e também nas reuniões das pastorais, conselhos paroquias e comunitários e nos vários grupos. 
O cartaz, por sua vez, simboliza o missionário sem fronteiras que parte do Brasil e partilha sua fé com o mundo, sua casa. Representa o missionário que segue o mandato de Jesus de ir até os confins do mundo e pregar o Evangelho a toda a criatura. O globo, com os continentes nas cores missionárias, representa o espaço onde atua o missionário e a cruz é o sinal do Evangelho, do Cristo, o fundamento da fé cristã.
Já o Envelope, tem por objetivo arrecadar nos dias 20 e 21 de outubro as coletas em favor das missões universais nas comunidades, paróquias e instituições católicas. Devem ser distribuídos entre os dias que antecedem o Dia Mundial das Missões (penúltimo domingo do mês de outubro) ou quando os grupos se reunirem ou ainda nas celebrações domésticas.
Por último, os Folhetos Dominicais, servem como suporte para a oração dos fieis nas missas, culto dominical, reuniões das pastorais, de grupos e movimentos.

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

O grande tema de toda a Igreja Católica: o Ano da Fé

Sua Santidade, o Papa Bento XVI, decidiu proclamar um “Ano da Fé”. Começará no dia 11 de outubro de 2012, no cinquentenário da abertura do Concílio Ecumênico Vaticano II, e aniversário de vinte anos da publicação do Catecismo da Igreja Católica, e terminará na Solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo Rei do Universo, no dia 24 de novembro de 2013. Nesse mesmo mês estaremos vivendo mais um Sínodo dos Bispos, cujo tema será sobre a Nova Evangelização. 

Todos nós, os católicos, devemos participar desse ano com “todo seu coração, com toda sua alma e com todo seu entendimento”  (Mt 22,37). Mas qual é o sentido do Ano da Fé? A fé ainda tem espaço em nossa cultura secularizada? Em um mundo cheio de misérias, fome, guerras, onde Deus parece não ter lugar e nem vez, não seria uma alienação proclamar um Ano da Fé? Para que serve a fé? 

Esses e outros interrogantes são propostos aos cristãos. Respondê-los se faz necessário para todos os que desejam viver sua fé com consciência, e não apenas como uma herança de seus pais e avós esquecida e guardada em um canto perdido da própria vida, e que não possui nenhuma incidência concreta no modo de viver, pensar, ser e relacionar-se. 

O cristão diante dessa problemática não se cala e nem deve se calar. Devemos descobrir na oração os desígnios de Deus e dar respostas adequadas. Gostaria de convidá-los a percorrer comigo um itinerário que nos leve a descobrir o significado, importância e necessidade do Ano da Fé.

a. O Ano da Fé significa agradecer

O ser humano, em seu estado natural, possui inteligência e vontade com potencialidades infinitas. A beleza que surge das mãos dos homens é um reflexo da beleza que surge das mãos do Criador. No entanto, não quis Deus que o homem permanecesse apenas em seu estado natural e nos deu o dom da fé.

 O dom da fé e da graça eleva o homem ao estado sobrenatural, somos filhos de Deus (1Jo 3,1). Neste estado podemos dizer com São Paulo “Já não sou eu que vivo, é Cristo que vive em mim” (Gal 2,20). O estado sobrenatural não está em conflito com o estado natural. A graça não destrói a natureza, a supõe, eleva e aperfeiçoa. 

A fé nos eleva a uma condição superior, mas não de superioridade. É na vivência profunda da fé que o homem se encontra completamente consigo mesmo e com o outro, e realiza plenamente a vocação a que foi chamado.

Cristo é nosso Senhor e nos convida a contemplar o mundo e seus irmãos com novos olhos. A fé, bem acolhida e cultivada, nos oferece uma lente que permite perceber a realidade com o coração de Deus. Por isto, o cristão não é indiferente aos assuntos do mundo. O sofrimento e a dor que assolam a humanidade devem ser sentidos, sofridos e compadecidos com maior intensidade por aqueles que se declaram apóstolos de Cristo. É com o amor de Deus que amamos o mundo.

A fé não é alienação, ao contrário, é trazer ao mundo um pouco do divino, é lapidar a beleza da criação muitas vezes escondida pela nuvem do pecado. A verdadeira alienação é não acolher, cultivar e promover o dom da fé. A busca de infinito que permeia o coração humano encontra nela seu porto seguro, pois somente através desse magnífico dom descobrimos quem realmente somos. Como dizia Santo Agostinho: “Fizeste-me para Ti, Senhor, e o meu coração inquieto está enquanto não descansa em Ti” (Confissões, l.1, n.1). Elevemos todos uma oração de agradecimento a Deus pelo dom da Fé que nos enriquece, fazendo-nos mais humanos e filhos de Deus.

b. No Ano da Fé é necessário dar razões

São Pedro, em sua epístola, nos convida a dar razões de nossa esperança. “Estai sempre prontos a responder para vossa defesa a todo aquele que vos pedir a razão de vossa esperança, mas fazei-o com suavidade e respeito.” (1Pe. 3,15)

Não basta celebrar. A verdadeira ação de graças ao Senhor exige que desenvolvamos o dom recebido. A fé é a resposta que o coração humano naturalmente anseia encontrar. No entanto, o dom da fé não exclui a necessidade de utilizar o dom da razão para compreender melhor os mistérios revelados por Deus, de fazê-los compreensíveis e acessíveis ao homem em cada momento histórico. Existe a inteligência da Fé que deve ser, unida à luz da graça, desenvolvida a fim de que cada cristão possa aderir com maior liberdade às verdades reveladas. 

Só a partir de uma livre, consciente e renovada adesão à própria fé haverá plena responsabilidade na vivência e testemunho desse dom. É aqui onde dom e resposta, graça divina e liberdade humana devem se dar as mãos para que a fé possa cair em terra fértil, semear e dar frutos em abundância. 

Esforcemo-nos por conhecer profundamente a fé que professamos. Criemos grupos de estudos e reflexão, estudemos nossa história.

Possuímos um instrumento maravilhosamente privilegiado para esta finalidade: o Catecismo da Igreja Católica, que se apresenta também no formato de compêndio e no formato para jovens, o YouCat, lançado na Jornada Mundial da Juventude em Madri. Todos são fontes riquíssimas para alimentar nossa alma e nossa inteligência. Temos também o Compêndio da Doutrina Social da Igreja, os documentos do Concilio Vaticano II, as encíclicas papais e, acima de tudo, a Sagrada Escritura.

Utilizemos as ferramentas que a sociedade moderna nos oferece para nos atualizarmos, conhecermo-nos e encontrarmo-nos. É louvável a iniciativa de diversos grupos de jovens que, na impossibilidade de encontrar-se fisicamente com frequência, utilizam os bate-papos, os grupos que as diversas mídias sociais oferecem. Desejo, vivamente, que estes grupos se multipliquem. É importante que estejam guiados por uma pessoa ou que tenham um moderador ou consultor com conhecimentos filosóficos e teológicos, que iluminem e ajudem a entender melhor a própria fé. 

Pelo batismo, somos, desde já, cidadãos do Céu, mas devemos ser conscientes dessa tão alta dignidade. Não devemos nos acanhar diante dos desafios que o mundo apresenta. A Igreja não possui apenas dois mil anos de história, mas ela e, consequentemente cada um de nós que estamos em comunhão com a Igreja, possuímos a assistência do Logos Divino, da sabedoria eterna, que nos é dada através dos dons do Espírito Santo. Não devemos ter medo de dialogar com o mundo contemporâneo. É nossa missão evangelizar a cultura. Como afirma Bento XVI, "a Igreja nunca teve medo de mostrar que não é possível haver qualquer conflito entre fé e ciência autêntica, porque ambas, embora por caminhos diferentes, tendem para a verdade."(Porta Fidei, n. 12). Sejamos os promotores da Verdade na caridade, e da caridade na Verdade.

c. No Ano da Fé é importante proclamar

Bento XVI, com muita sabedoria, alerta que muitos cristãos sentem "maior preocupação com as consequências sociais, culturais e políticas da fé do que com a própria fé, considerando esta como um pressuposto óbvio da sua vida diária." (Porta Fidei,2) Diante dos desafios que nos apresentam a sociedade secularizada, nossa primeira reação é lançar-nos a fazer algo. Desejamos, justificadamente, e nos esforçamos, com boas intenções, por unir pessoas, grupos e entidades para combater aquilo que consideramos como nocivo ao cristianismo e à humanidade. 

Considero importantes todas as iniciativas que visam promover nossa fé e incidir positivamente na sociedade e que contenham o avanço do mal que se alastra em nossa cultura. Mas, o que seriam dessas iniciativas de luta e de força, de combate e embate sem a fé? Não vejo os primeiros cristãos se conjurando para dominar as instituições através da força e do poder. A ação mais importante e fecunda de nossos primeiros irmãos foi, a partir de experiência que nasce do encontro pessoal com Cristo, testemunhar com a própria vida que Deus existe. Os pagãos se sentiam atraídos pela beleza da fé católica e pela caridade com que viviam os primeiros cristãos, e chegavam a exclamar: “Vede como se amam” (Tertuliano, Apol.,39). 

É na caridade, na alegria, no entusiasmo e na felicidade da vivência de nossa fé que iremos permear o mundo da esperança e do amor cristão. É no respeito, no diálogo aberto, sincero e inteligente que construiremos pontes entre a Fé e o mundo contemporâneo. Já existem muitos muros! 

Aprendamos a difícil arte de escutar, entender, compreender e defender sem medo nossa fé, com serenidade e respeito.

A evangelização e nossas ações sociais só produzirão efeito a partir do momento em que cada cristão tiver um encontro pessoal com Cristo. 

Nossa fé não é fruto de uma decisão, mas de um encontro, e só a partir desse encontro nossa evangelização será uma luz que atrai por sua beleza divina. 

Onde se realiza esse encontro? Não se é cristão sozinho. O ser humano é um ser social por natureza. É na comunidade de fé e na Igreja, como custódia dos sacramentos de Cristo, que encontraremos, renovaremos e promoveremos nossa fé. Só podemos nos dizer plenamente cristãos se encontrarmos nossos irmãos na oração, na eucaristia e na reconciliação. 

Sem comunidade não há família cristã. É através do mistério do Corpo Místico de Cristo onde toda a Igreja se encontra. É na liturgia e nos sacramentos que toda ação tem sentido. "Sem a liturgia e os sacramentos, a profissão de fé não seria eficaz, porque faltaria a graça que sustenta o testemunho dos cristãos." (Porta Fidei, n.11)

É na vivência comunitária de nossa Fé que encontramos o amor de Cristo. «Caritas Christi urget nos – o amor de Cristo nos impele» (2 Cor 5, 14). Sua Santidade afirma que “é o amor de Cristo que enche os nossos corações e nos impele a evangelizar. Hoje, como outrora, Ele envia-nos pelas estradas do mundo para proclamar o seu Evangelho a todos os povos da terra (cf. Mt 28, 19).” (Porta Fidei, n.7)

O amor de Deus cria! A palavra criação possui a mesma raiz grega da palavra poesia “poietés”. Assim, Deus é o verdadeiro poeta e nós somos um poema de Deus.  Por isso, é impossível não ficar admirando, contemplando o sol que nasce no horizonte, ou a lua cheia que cresce por trás dos montes. A natureza são versos divinos que nos remetem a Deus. Aqui, em nossa cidade maravilhosa, temos o momento e local para aplaudir o pôr do sol. No entanto, afirmo que não há maior milagre e poesia mais bela do que o olhar e o sorriso de um cristão que vive no mundo com coerência, simplicidade e entusiasmo a sua fé. 

O católico tocado pela fé é uma das provas e evidências mais fortes da existência de Deus. Quando conheço um cristão coerente, vejo um milagre da criação. Vejo Deus na Terra e percebo que não há trevas que possam invadir um mundo dominado pela luz da fé, pelo sal do testemunho e pelo bálsamo da caridade. Em cada um de nós, de certo modo, se realizam de maneira plena as palavras de Cristo: “Eu estarei convosco todos os dias, até o fim dos tempos” (Mt 28,20).

Peçamos a Nosso Senhor Jesus Cristo a graça de viver nossa fé com toda nossa alma, com todo nosso coração e com todo nosso entendimento. Só assim seremos o que temos de ser e transformaremos o mundo. Só em Cristo, por Cristo e com Cristo conseguiremos transmitir os tesouros de nossa fé e incidir positiva e efetivamente na sociedade. Não tenhamos medo de falar daquilo que preenche nosso coração; não tenhamos medo de falar d'Aquele que dá um sentido último às nossas vidas. Subamos nos telhados e nos preparemos para anunciar com amor que o Amor existe, se fez carne e habita em nós e está entre nós. 

Preparemo-nos, através da oração, da adoração, da eucaristia, da reconciliação e da missão pessoal e comunitária para o Ano da Fé, que coincidirá, para o nosso júbilo, com a preparação e a realização da JMJ Rio 2013!

 † Orani João Tempesta, O. Cist.
  Arcebispo Metropolitano de São Sebastião do Rio de Janeiro, RJ


domingo, 7 de outubro de 2012

Vai começar o Ano da Fé! Saiba mais sobre ele.


No próximo dia 11 de outubro começará o Ano da Fé, convocado por Bento XVI. Mas de que se trata? O que deseja o Santo Padre? O que se pode fazer? A 10 dias do início, respostas às perguntas que surgem.

1. O que é o Ano da Fé?

O Ano da Fé "é um convite para uma autêntica e renovada conversão ao Senhor, único Salvador do mundo" (Porta Fidei, 6).

2. Quando se inicia e quando termina?

Inicia-se a 11 de outubro de 2012 e terminará a 24 de novembro de 2013.

3. Por que nessas datas?

Em 11 de outubro coincidem dois aniversários: o 50º aniversário da abertura do Concílio Vaticano II e o 20º aniversário da promulgação do Catecismo da Igreja Católica. O encerramento, em 24 de novembro, será a solenidade de Cristo Rei.

4. Por que é que o Papa convocou este ano?

Enquanto que no passado era possível reconhecer um tecido cultural unitário, amplamente compartilhado no seu apelo aos conteúdos da fé e aos valores por ela inspirados, hoje parece que já não é assim em grandes setores da sociedade, devido a uma profunda crise de fé que atingiu muitas pessoas". Por isso, o Papa convida para uma "autêntica e renovada conversão ao Senhor, único Salvador do mundo". O objetivo principal deste ano é que cada cristão "possa redescobrir o caminho da fé para fazer brilhar, com evidência sempre maior, a alegria e o renovado entusiasmo do encontro com Cristo".

5. Quais meios assinalou o Santo Padre?

Como expos no Motu Proprio "Porta Fidei": Intensificar a celebração da fé na liturgia, especialmente na Eucaristia; dar testemunho da própria fé; e redescobrir os conteúdos da própria fé, expostos principalmente no Catecismo.

6. Onde terá lugar?

Como disse Bento XVI, o alcance será universal. "Teremos oportunidade de confessar a fé no Senhor Ressuscitado nas nossas catedrais e nas igrejas do mundo inteiro, nas nossas casas e no meio das nossas famílias, para que cada um sinta fortemente a exigência de conhecer melhor e de transmitir às gerações futuras a fé de sempre. Neste Ano, tanto as comunidades religiosas como as comunidades paroquiais e todas as realidades eclesiais, antigas e novas, encontrarão forma de fazer publicamente profissão do Credo".

7. Onde encontrar indicações mais precisas?


Aí se propõe, por exemplo:

- Encorajar as peregrinações dos fiéis à Sede de Pedro;
- Organizar peregrinações, celebrações e reuniões nos principais Santuários.
- Realizar simpósios, congressos e reuniões que favoreçam o conhecimento dos conteúdos da doutrina da Igreja Católica e mantenham aberto o diálogo entre fé e razão.
- Ler ou reler os principais documentos do Concílio Vaticano II.
- Acolher com maior atenção as homilias, catequeses, discursos e outras intervenções do Santo Padre.
- Promover transmissões televisivas ou radiofônicas, filmes e publicações, inclusive a nível popular, acessíveis a um público amplo, sobre o tema da fé.
- Dar a conhecer os santos de cada território, autênticos testemunhos de fé.
- Fomentar o apreço pelo patrimônio artístico religioso.
- Preparar e divulgar material de caráter apologético para ajudar os fiéis a resolver as suas dúvidas.
- Eventos catequéticos para jovens que transmitam a beleza da fé.
- Aproximar-se com maior fé e frequência do sacramento da Penitência.
- Usar nas escolas ou colégios o Compêndio do Catecismo da Igreja Católica.
- Organizar grupos de leitura do Catecismo e promover a sua difusão e venda.

8. Que documentos posso ler por agora?