sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Agenda da Arquidiocese de Porto Alegre


29/9/2012 às 09:00
Formação para Catequistas do Crisma - Vicariato de Porto Alegre
Local: Centro de Pastoral

2/10/2012 às 14:00
Reunião do Conselho Diaconal
Local: Cúria Metropolitana

2/10/2012 às 19:30
Reunião do Setor Juventude
Local: Centro de Pastoral

6/10/2012 às 08:30
Conselho Arquidiocesano de Pastoral
Local: Cúria Metropolitana

11/10/2012 às 19:00
Missa - O Ano da Fé
Local: Catedral Metropolitana
Missa em Ação de Graças pelos 50 Anos do Concílio Vaticano II e Início do Ano da Fé

13/10/2012 às 08:30
Reunião do Comidi
Local: Cúria Metropolitana

13/10/2012 às 08:30
Assembleia Geral do Clero Arquidiocesano
Local: Seminário São José – Gravataí

19/10/2012 às 14:00
Porto Alegre - Reunião dos Catequistas Coord. de Área
Local: Centro de Pastoral

20/10/2012 às 08:30
Animação Missionária da Arquidiocese
Local: Centro de Pastoral

20/10/2012 às 09:00
Encontro de Coroinhas - Porto Alegre e Canoas
Local: Seminário São José – Gravataí

25/10/2012 às 08:00
Conselho de Presbíteros da Arquidiocese
Local: Cúria Metropolitana

27/10/2012 às 08:30
Formação da Pastoral do Batismo - Vic. Porto Alegre
Local: Centro de Pastoral

1/11/2012 às 15:45
Acolhida da Cruz e Ícone da JMJ
Local: Aeroporto Salgado Filho

8/11/2012 às 19:00
Vicariato de Porto Alegre - Formação para catequistas
Local: Centro de Pastoral

10/11/2012 às 16:00
Show Bote Fé - JMJ
Local: Santa Maria - RS

Realizado o encontro de Formação de Multiplicadores para a JMJ Rio 2013 do Vicariato de Canoas

Neste último domingo, 23 de setembro, aconteceu a Formação de Multiplicadores para a JMJ Rio 2013 do Vicariato de Canoas. A Formação aconteceu na Paróquia Nossa Senhora da Conceição, em Canoas, e contou com a presença de mais de 80 jovens e assessores dos mais diversos grupos existentes no Vicariato: Pastoral da Juventude, CLJ, EJC, RCC e ONDA.

Com assessoria de Ir Zenilde Fontes, coordenadora do Serviço de Evangelização da Juventude do Regional Sul 3 da CNBB e do Padre Leonardo Reichert, referencial do Setor Juventude do Vicariato de Canoas, foi possível conhecer melhor a organização e programação das atividades em preparação e a própria JMJ que acontecerá ano que vem no Rio de Janeiro. 





sábado, 22 de setembro de 2012

ZÉLIA CAETANO BRAUN (1935-2012)



por Marcelo Melgares

“O ocaso de nossa vida fugaz é o despontar da aurora eterna.” - K. Rahner
  
Num site voltado preferencialmente para o público jovem, como é o “Mundo Alegrai-vos”, talvez possa causar estranheza a alguns a referência da passagem de Zélia Caetano Braun, a comunicadora mais popular da Rádio Aliança 106.3 FM de Porto Alegre (RS).

Professora, tradicionalista, nascida na região das Missões, irmã do pajador Jaime Caetano Braun, Zélia contagiou a todos com a sua alegria e jovialidade, inspirando pessoas de todas as idades. A Beleza nos aproxima de Deus, porque toda a beleza nos vem da Trindade, e neste quesito Zélia era uma pessoa imensamente bela. Mulher religiosa, fiel devota mariana e incansável militante da devoção da oração do Rosário, uma das idealizadoras do Festival Chimarreando com Deus.

Hoje estamos de luto. O luto é uma das formas de tristeza, a que ocorre pelo falecimento de uma pessoa querida. Mas a tristeza não é algo negativo em si, é parte inalienável de nossas vidas. A tristeza é, frequentemente, a porta através da qual Deus entra em nossas vidas, seja para nos consolar, seja para dar sentido a nossa existência. Uma tristeza saudável é transitória. Somente quando a tristeza se torna recorrente, como na Depressão, por exemplo, é que ela não é saudável. Para os cristãos o fato transformador da morte é significar a passagem para a vida eterna. Isso é realmente tão revolucionário hoje quanto o era há dois mil anos no Império Romano, quando o cristianismo assombrou a cultura da época com a sua esperança e maneira peculiar de enfrentar a morte. No mundo atual muitas pessoas não sabem conviver com a tristeza ou com as suas frustrações, e esta é a origem de muitos desajustes.

Visitei Zélia em vida uma última vez nesta segunda-feira 17/09 na UTI da emergência do Hospital São Lucas da PUC. Era por volta das 13h. Não era hora de visita, mas os médicos tem este privilégio: o de visitar os doentes a qualquer hora. Após conversar com a colega médica intensivista de plantão, eu soube que o prognóstico era muito reservado. Nesse momento lembrei-me de uma frase de origem latina, mas cuja formulação conheci pela síntese dos antigos médicos franceses do século XV, que diz que a missão do médico é “curar às vezes, aliviar freqüentemente e consolar sempre”. Pouco antes de sua morte, Zélia estava inconsciente, sedada e respirava com o auxílio de aparelhos. Não estava sofrendo, nem fisicamente, nem mentalmente. Neste quadro de saúde, não era mais possível, para a Medicina, curá-la. Mas sou médico, cristão, e pude rezar. Rezei um pouco, primeiro junto ao leito, e logo a seguir na capela do hospital, no 2° andar. E apesar de não ser um devoto mariano, rezei umas Ave Marias recomendando Zélia a Nossa Senhora.

Agradeço a Deus por ter tido o privilégio de conhecer e ter a Zélia como amiga e inspiradora. Todos precisamos de pessoas como modelos. Há alguns anos, num momento de tibieza de fé, ouvi-la no programa “Nova Evangelização” fez toda a diferença em minha vida. O Cristianismo é assim: herdamos e transmitimos, como discípulos missionários, uma Pérola de Grande Valor.

Uma alegria nos consola: neste dia 20 de setembro, data farroupilha, Zélia irá chimarrear com Deus face a face. Que ela nos recomende ao Patrão Celeste, para que um dia possamos nós, também, matear nessa roda. E como disse seu irmão Jaime Caetano Braun num poema dedicado a seu pai:

“Te foste, como outros foram
P’ra o velho Pago do Além,
Aonde um dia, também,
Eu quero bolear a perna,
E o Patrão que nos governa
Que por certo é teu amigo
Há de ser bueno comigo
Aí na Querência Eterna”.

Zélia Caetano Braun


 

Será celebrada neste domingo, às 16h, na Paróquia São Sebastião (Avenida Protásio Alves, 2.542, bairro Petrópolis, Porto Alegre), a missa de sétimo dia de Zélia Caetano Braun. Ela morreu em 17 de setembro, aos 76 anos.

Natural de São Luís Gonzaga, passou a juventude em Cruz Alta e adotou Porto Alegre como sua querência em 1958. Irmã do pajador Jayme Caetano Braun, Zélia declamava com talento as poesias do irmão.  Apresentadora da Rádio Aliança FM, esteve à frente dos programas Chimarreando Com Deus, Nova Evangelização e Amanhecer na Querência desde a criação da rádio, onde divulgava o evangelho com um linguajar gauchesco.

Foi uma mulher apaixonada pela família, a quem dedicou um amor incondicional. Torcedora fervorosa do Inter e apaixonada pelas tradições do Rio Grande do Sul, tinha orgulho de ser gaúcha e missioneira. A praia de Cidreira, para ela a melhor do mundo, foi seu refúgio. Zélia sempre encontrava um motivo para voltar no veraneio seguinte. Amou e foi muito amada, fez amigos, foi mãe de coração, não apenas do filho Auri, mas de todos os que dela se aproximaram. Deixa os netos Matheus e Natália, a nora Neliana, a irmã Maria Florinda e uma legião de sobrinhos agradecidos pela dedicação e amor.

Fonte: Obituário - Jornal Zero p. 37 - 22/09/2012

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

“Votar é uma das tarefas mais importantes do mundo”, afirma Pedro Gontijo, secretário executivo da CBJP


Dia 7 de outubro, aproximadamente de 140 milhões de brasileiros vão às urnas para eleger prefeitos e vereadores. Entender o que faz um prefeito e um vereador pode parecer simples, mas ajuda na hora do voto a escolher o candidato ideal para a sua região.

O prefeito é, acima de tudo, um representante da comunidade, devendo assim ouvir os anseios e as suas reivindicações. Além disso, ele tem a responsabilidade de buscar apoio financeiro dos governos Estadual e Federal, com o objetivo de promover melhorias no município que administra. 

Já os vereadores são a ponte entre a população e o prefeito, além de fiscalizar o trabalho do Executivo. São eles os responsáveis pela elaboração das leis municipais.

Segundo o secretário executivo da Comissão Brasileira Justiça e Paz (CBJP), organismo vinculado à Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Pedro Gontijo, são três os aspectos relevantes que um eleitor deve levar em consideração antes de votar em um candidato. O primeiro é a vida pregressa do candidato, os pensamentos e propostas de campanhas e por último o cociente eleitoral.

“Votar é uma das tarefas mais importantes do mundo, afinal de contas, o que se escolhe numa eleição é a gestão para os próximos quatro anos na sua cidade. Voto é algo sério, tem consequência, por isso a necessidade de averiguar a vida pregressa dos candidatos, para ver se a vida deles, tanto no aspecto privado quanto público, pode ser considerada digna de confiança do eleitorado. Deve-se verificar também como este candidato vive em comunidade, como ele pensa as relações de gênero, de juventude, de família, e depois verificar os aspectos de vida pública, o seu envolvimento com o poder público”, explicou Pedro.

Ainda de acordo com o secretário executivo da CBJP, o eleitor deve identificar o que este candidato apoia ideologicamente. “Assim o eleitor analisa as propostas defendidas por seu candidato e seu partido e são propostas condizentes com que o eleitor deseja. Mas o voto consciente vai mais longe ainda. O eleitor deve observar os nomes que fazem parte da coligação que este candidato está filiado, pois, o seu voto pode ajudar a eleger o seu candidato, mas também, pode eleger pessoas que ele não gostaria que estivessem à frente politicamente de sua região, que entram no chamado sistema proporcional – uma matemática feita entre o chamado quociente eleitoral e o quociente partidário -, já que o voto que um vereador recebe conta para o partido e para a coligação”.

Campanha Voto Consciente

Sobre a campanha lançada pela Conferência dos Bispos do Brasil, com apoio do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), intitulada Voto Consciente, Pedro Gontijo ressaltou que a campanha é “extremamente pertinente, atual e importante, pois a cultura democrática no Brasil ainda é muito nova. Estamos no processo inicial de aprendizado do voto. Muita gente não sabe como funciona o coeficiente eleitoral, o que faz um prefeito, um vereador, então a campanha Voto Consciente veio como uma proposta educativa, como mais uma ferramenta no auxílio da conscientização do eleitorado brasileiro”.

Como é eleito um prefeito?

Diferentemente dos vereadores, os candidatos à prefeitura são eleitos de acordo com um sistema eleitoral majoritário, onde é preciso obter mais de 50% dos votos válidos (excluídos brancos e nulos). Caso nenhum candidato atinja essa maioria, os dois mais votados disputam um 2º turno, mas somente nos municípios com mais de 200 mil eleitores e nos casos em que o 1º turno tenha sido disputado por pelo menos 3 candidatos.

Como é o processo para um vereador ser eleito e como é feita a divisão entre os partidos?

Um vereador é eleito de acordo com um sistema proporcional – uma matemática feita entre o chamado quociente eleitoral e o quociente partidário. Quociente eleitoral é o número obtido através da divisão entre a soma dos votos válidos (excluídos brancos e nulos) e o número de vagas disponíveis na câmara de cada cidade. Funciona assim: em uma cidade há oito vagas para vereador e quatro partidos concorrem a elas (A, B, C e D). A legenda A obteve 2.000 votos, a B, 350, a C, 2.900, e a D, 2.550 votos. Um total de 7.800 votos válidos. Dividindo esse total pelo número de vagas (7.800/8), obtêm-se um quociente eleitoral de 975. Assim, de acordo com a lei vigente, apenas as legendas A, C e D conseguiram votos suficientes para atingir o quociente eleitoral e terão direito a preencher as vagas disponíveis. Quociente partidário é número obtido dividindo-se o quociente eleitoral pelo número de votos válidos dados para uma mesma legenda ou coligação de legendas. No exemplo dado, o partido A teria seus 2.000 votos divididos por 975 (quociente eleitoral), o que lhe renderia duas vagas na Câmara Municipal – já que a lei determina que seja descartada a fração. Ocupariam tais vagas os dois candidatos mais votados na eleição.

Fonte: Núcleo de Estudo Sociopolítico (NESP) da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-MG); Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e Fundação Futura.

Um ano de peregrinação da cruz e do ícone da JMJ

brasil-jmj-2011_madridNesta terça-feira, 18 de setembro, completou-se um ano de peregrinação, pelo Brasil, da cruz e do ícone de Nossa Senhora em preparação para a Jornada Mundial da Juventude que será realizada em julho de 2013 no Rio de Janeiro. Pe. Antonio Ramos do prado, assessor da Comissão Episcopal para a Juventude da CNBB faz uma avaliação desse período.
"A Cruz Peregrina é um símbolo da fé católica, da evangelização, da união de várias nações com o objetivo de expressar redenção e fé. Porém, a Cruz Peregrina tem um significado maior, mais forte, mais amplo: representa a figura de Cristo Salvador, o cordeiro de Deus.
No Brasil os Ícones chegaram no dia 18 de setembro de 2011 na cidade de São Paulo. Uma grande festa religiosa aonde reuniu 100 mil jovens. A partir desse dia os ícones iniciaram a peregrinação no território brasileiro levando esperança e alegria aos jovens para que eles tenham vida em abundância.
Os ícones da JMJ têm proporcionado um fervor apostólico em todas as dioceses por onde passam. O clero tem reafirmado a opção afetiva e efetiva pelos jovens da Igreja do Brasil. Um novo olhar de esperança para a juventude que nesse momento é uma população de mais 52 milhões no Brasil.
Os Ícones têm levado esperança aos presídios, casas de recuperações de dependente químico, orfanatos, riberinhos, aldeias indígenas, etc. Deus esta presente em cada um desses lugares de sofrimento e deseja que os seus filhos possam viver com dignidade, pois a vida é um presente amoroso de Deus.
Ao passar pelas escolas e universidades os Ícones provocam na vida dos jovens e de seus educadores um desejo amadurecer a fé e rever o próprio projeto de vida. Em especial nas universidades o debate entre Fé x Razão tem sido um ponto fundamento para o diálogo e respeito pela diversidade religiosa.
Os eventos de massa como Boté, procissões e fóruns têm sido um espaço de visibilidade de Evangelização e ao mesmo tempo os cantores católicos do Brasil propagam o Evangelho através da música e da arte. São milhares de jovens que participam desses espaços e divulgam o Evangelho em outros meios.
O Papa João Paulo II, ao entregar a Cruz aos jovens disse “Meus queridos jovens, ao concluir este Ano Santo, confio­vos o símbolo deste Ano Jubilar: a Cruz de Cristo! Levai-a pelo mundo afora como um símbolo do amor de Cristo pela humanidade, e anunciai a todos que só na morte e ressurreição de Cristo é que poderemos encontrar salvação e redenção”. Assim os ícones especialmente através dos jovens propagam o Evangelho e leva os jovens a evangelizarem outros jovens.
A missão continua. No mês de dezembro os ícones irão para os outros países do Cone Sul – Paraguay, Uruguay, Argentina e Chile e após esse caminho internacional retornará para o Brasil e continuará o seu itinerário até a JMJ no Rio de Janeiro".

Fonte:  http://www.cnbb.org.br/site/comissoes-episcopais/juventude/10324-um-ano-de-peregrinacao-da-cruz-e-do-icone-da-jmj

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Faleceu Zélia Caetano Braun, comunicadora da Rádio Aliança

NOTA DE PESAR PELA MORTE DA COMUNICADORA 
ZÉLIA CAETANO BRAUN


No estúdio da Rádio Aliança, Zélia Caetano Braun e Pe. Adilson Fonseca

Com pesar a Arquidiocese de Porto Alegre recebeu a notícia do falecimento de Zélia Caetano Braum, comunicadora da Rádio Aliança de Porto Alegre, ocorrido na tarde desta segunda-feira, dia 17 de setembro, em decorrência de complicação do seu estado de saúde.

Zélia apresentava os programas “Chimarreando com Deus”, “Nova Evangelização” e “Amanhecer na Querencia”. Prestou relevante serviço de evangelização por meio dos espaços que ocupou. Fez tudo com doação total e com um amor inesgotável.

Nos unimos a família Rádio Aliança neste de intensa oração. Reafirmamos nossa crença na vida eterna.

Dai-lhe, Senhor, o descanso eterno. Amém!

Pastoral da Comunicação
Arquidiocese de Porto Alegre

Comunicado publicado no site da Rádio Aliança

Comunicado de Falecimento

Com pesar, a Rádio Aliança comunica o falecimento de Zélia Caetano Braun.

Locutora apresentadora dos programas Chimarreando com DeusAmanhecer na Querência e Nova Evangelização.

Nossa querida Zélia esteve presente desde o início da Rádio, mesmo antes de o sonho de uma emissora católica se concretizar; sempre colaborando com sua disposição e alegria, entusiasmo e determinação.

Um de seus grandes objetivos foi o de realizar a inculturação do evangelho segundo o linguajar gauchesco, apresentando todos os sábados o programa Chimarreando com Deus; também para aumentar em quantidade e qualidade as músicas que falavam de Deus e das coisas do Rio Grande, criou o Festival Chimarreando com Deus que ocorreu já por 19 edições sempre com muito êxito.

Diariamente, acordava os lares e os corações dos gaúchos com o programa Amanhecer na Querência, e de segunda à sexta-feira, partilhava o evangelho conosco e com os sacerdotes através do programa Nova Evangelização.

Outro grande apostolado que a Zélia exercia era a propagação da devoção ao Santo Rosário. Está triste, reze o terço; tens um problema, reze o terço... ajudou a criar e divulgar a Cruzada de Oração do Terço, que no último mês teve mais de 1 milhão de terços rezados.

Fica a dor da saudade, mas mais que essa dor, fica conosco a esperança da vida eterna, esperança que não decepciona, e que no caso dela podemos testemunhar que combateu o bom combate e guardou a fé!

Rádio Aliança


Postado por Magnus Regis - Jornalista PASCOM
Em 17 de setembro de 2012, às 17h 44min

Fonte: http://www.arquidiocesepoa.org.br/paf.asp?catego=1&exibir=2576

sábado, 15 de setembro de 2012

Como seguir Jesus (Mc 8,27-35)

Texto extraido do livro ''CAMINHANDO COM JESUS''
Círculos Bíblicos do Evangelho de Marcos
Coleção A Palavra na Vida 184/185.
CEBI Publicações.
Mais informações em vendas@cebi.org.br

ABRIR OS OLHOS PARA VER
O texto de hoje descreve a cegueira de Pedro que não entende a proposta de Jesus quando este fala do sofrimento e da cruz. Pedro aceita Jesus como messias, mas não como messias sofredor. Ele está influenciado pela propaganda do governo da época que só falava do messias como rei glorioso. Pedro parecia cego. Não enxergava nada e ainda queria que Jesus fosse como ele, Pedro, o queria.


SITUANDO
No início deste quarto bloco estão a cura de um cego - Mc 8,22-26 -, o anúncio da cruz e a explicação do seu significado para a vida dos discípulos - Mc 8, 27 a 9,1. A cura do cego foi difícil. Jesus teve que realizá-la em duas etapas. Igualmente difícil foi a cura da cegueira dos discípulos. Jesus teve que fazer uma longa explicação a respeito do significado da cruz para ajudá-los a enxergar, pois era a cruz que estava provocando neles a cegueira.


Nos anos 70, quando Marcos escreveu, a situação das comunidades não era fácil. Havia muito sofrimento, muitas cruzes. Seis anos antes, em 64, o imperador Nero tinha decretado a primeira grande perseguição, matando muitos cristãos. Em 70, na Palestina, Jerusalém estava sendo destruída pelos romanos. Nos outros países, estava começando uma tensão forte entre judeus convertidos e judeus não-convertidos. A dificuldade maior era a cruz de Jesus. Os judeus achavam que um crucificado não podia ser o messias tão esperado pelo povo, pois a lei afirmava que todo crucificado devia ser considerado como um maldito de Deus (Dt 21,22-23).



COMENTANDO

Marcos 8, 27-30: VER - levantamento da realidade
Jesus perguntou: ''Quem diz o povo que eu sou?'' Eles responderam relatando as várias opiniões do povo: ''João Batista'', ''Elias ou um dos profetas''. Depois de ouvir as opiniões dos outros, Jesus perguntou: ''E vocês, quem dizem que eu sou?'' Pedro respondeu: ''Tu és o Cristo, o Messias''. Isto é, és aquele que o povo está esperando. Jesus concordou com Pedro, mas proibiu de falar sobre isso ao povo. Por que Jesus proibiu? É que naquele tempo, todos esperavam a vinda do messias, mas cada um do seu jeito: uns como rei, outros como sacerdote, doutor, guerreiro, juiz ou profeta. Ninguém parecia estar esperando o messias servidor, anunciado por Isaías (Is 42,1-9).


Marcos 8,31-33: JULGAR - esclarecendo a situação - primeiro anúncio da paixão
Jesus começa a ensinar que ele é o Messias Servidor e afirma que, como o Messias Servidor anunciado por Isaías, será preso e morto no exercício da sua missão de justiça. Pedro leva um susto, chama Jesus de lado para desconcertá-lo. E Jesus responde a Pedro: ''Vá embora, Satanás''. Você não pensa as coisas de Deus, mas as dos homens''. Pedro pensava ter dado a resposta certa. De fato, ele disse a palavra certa ''Tu és o Cristo''. Mas não lhe deu o sentido certo. Pedro não entendeu Jesus. Era como o cego de Betsaida. Trocava gente por árvore. A resposta de Jesus foi duríssima ''Vá embora, Satanás''. Satanás é uma palavra hebraica que significa acusador, aquele que afasta os outros do caminho de Deus. Jesus não permite que alguém o afaste da sua missão.


Marcos 8, 34-47 - AGIR - condições para seguir
Jesus tira as conclusões que valem até hoje - Quem quiser vir após mim tome sua cruz e siga-me. Naquele tempo, a cruz era a pena de morte que o Império Romano impunha aos marginais. Tomar a cruz e carregá-la atrás de Jesus era o mesmo que aceitar ser marginalizado pelo sistema injusto que legitimava a injustiça. A cruz não é fatalismo, nem é exigência do Pai. A cruz é a consequência do compromisso livremente assumido por Jesus de revelar a Boa Nova de que Deus é Pai e que, portanto, todos e todas devem ser aceitos e tratados como irmãos e irmãs. Por causa deste anúncio revolucionário, ele foi perseguido e não teve medo de dar a sua vida. Prova de amor maior não há que doar a vida pelo irmão.

sábado, 8 de setembro de 2012

Acolhendo os excluídos (Mc 7,31-37)


Texto extraído do livro "CAMINHANDO COM JESUS".
Da Série A Palavra na Vida 182/183
de Carlos Mesters e Mercedes Lopes.
Publicação CEBI.
Mais informações em vendas@cebi.org.br
 SITUANDO
Jesus vai tentando abrir a mentalidade dos discípulos e do povo para além da visão tradicional. Na multiplicação dos pães, ele tinha insistido na partilha (Mc 6,30-44). Na discussão sobre o puro e o impuro, tinha declarado puros todos os alimentos (Mc 7,1-23). No episódio da mulher cananéia, ele ultrapassa as fronteiras do território nacional e acolhe uma mulher estrangeira que não era do povo e com a qual era proibido conversar. Estas iniciativas de Jesus, nascidas da sua experiência de Deus como Pai, eram estranhas para a mentalidade do povo da época. Cresce para eles o mistério, aparece o não-entender.
A abertura crescente de Jesus era uma ajuda muito importante para as comunidades do tempo de Marcos. Elas eram um grupo pequeno, perdido naquele mundo hostil do Império Romano. Quando um grupo é minoria, sofre a tentação de se fechar sobre si mesmo. A atitude de abertura de Jesus era um estímulo para as comunidades não se fecharem, mas manterem bem viva a consciência missionária de anunciar a Boa Nova de Deus a todos os povos, como Jesus tinha pedido com tanta insistência.


COMENTANDO
Marcos 7, 31-36: Abrir o ouvido e soltar a língua
O episódio da cura do surdo-mudo é pouco conhecido. Jesus está atravessando a região da Decápole. Decápole significa, literalmente, Dez Cidades. Era uma região de dez cidades ao sudeste da Galiléia, cuja população era pagã. Um surdo-mudo é levado a Jesus. O jeito de curar é diferente. O povo queria que Jesus apenas impusesse as mãos sobre ele. Mas Jesus foi muito além do pedido. Ele levou o homem para longe da multidão, colocou os dedos nas orelhas e com saliva tocou na língua, olhou para o céu, fez um suspiro profundo e disse: "Éffata!", isto é, "Abra-se!" No mesmo instante, os ouvidos do surdo se abriram, a língua se desprendeu e o homem começou a falar corretamente. Jesus quer que o povo abra o ouvido e solte a língua! Todo o povo ficou muito admirado e dizia: "Ele fez bem todas as coisas!" (Mc 7,37). Esta afirmação do povo faz lembrar a criação, onde se diz: "Deus viu que tudo era muito bom!" (Gn 1,31).
Marcos 7, 37: Jesus não quer publicidade
Ele proibiu a divulgação da cura, mas não adiantou. Quem teve experiência de Jesus vai contar para os outros, queira ou  não queira! As pessoas que assistiram à cura começaram a proclamar o que tinham visto e resumiram a Boa Notícia assim: "Ele fez bem todas as coisas".


Às vezes, se exagera a atenção que o Evangelho de Marcos atribui à proibição de divulgar a cura, como se Jesus tivesse um segredo a ser preservado. Na maioria das vezes que Jesus faz um milagre, ele não pede silêncio. Uma vez até pediu publicidade (Mc 5,19). Algumas vezes, porém, ele dá ordem para não divulgar a cura (Mc 1,44; 5,43; 7,36; 8,26), mas obtém o resultado contrário. Quanto mais proíbe, tanto mais a Boa Nova se espalha (Mc 1,28.45; 3,7-8; 7,36-37). Não adianta proibir! Pois a força interna da Boa Nova é tão grande que ela se divulga por si mesma!

ALARGANDO
Abertura para os pagãos no Evangelho de Marcos
Na época do AT, na rivalidade entre os povos, um povo costumava chamar o outro de "cachorro" (1Sm 17,43). Isto fazia parte da relação conflituosa que eles tinham entre si, na terra de Canaã, para formar um povo novo com direito à terra, à vida e à identidade própria. O enfrentamento entre Golias, o gigante filisteu, e Davi, o pastorzinho israelita, é uma amostra desta situação. Para Davi, vencer o filisteu pagão era salvar a honra tanto do povo israelita como do Deus vivo (1Sm 17,26). Quando Davi se aproxima para a luta sem as armas tradicionais, mas apenas com um bastão, Golias pergunta: "Será que sou um cachorro?" (1Sm 17,43).
Ao longo das páginas do Evangelho de Marcos, há uma abertura crescente em direção aos outros povos. Assim, Marcos leva os leitores e as leitoras a abrir-se, aos poucos, para a realidade do mundo ao redor e a superar os preconceitos que impediam a convivência pacífica entre os povos. Eis exemplos:
A mulher que Marcos nos apresenta era uma pagã, siro-fenícia de nascimento (Mc 7,26). No passado, nos tempos da rainha Jezabel e do profeta Elias, tinha havido rivalidade entre Israel e o povo da Fenícia ou de Canaã. Mas agora, a  mulher não está preocupada com as rivalidades do passado. Ela busca a libertação para a sua filha, dominada por um demônio (Mc 7,26). Ouve falar de um judeu que tem o poder de Deus para libertar do mal. Aqui, já não importam os preconceitos raciais. O que importa é a vida ameaçada da filha, vida oprimida que precisa ser libertada.


Na sua passagem pela Decápole, região pagã, Jesus atende ao pedido do povo do lugar e cura um surdo-mudo. Ele não tem medo de contaminar-se com a impureza de um pagão, pois, ao curá-lo, toca-lhe os ouvidos e a língua. Enquanto as autoridades dos judeus e os próprios discípulos têm dificuldades de escutar e entender, um pagão que era surdo-mudo passa a ouvir e a falar pelo toque de Jesus. Lembra o cântico do servo: O Senhor Iahweh abriu-me os ouvidos e eu não fui rebelde (Is 50,4-5).
Ao expulsar os vendedores do templo, Jesus critica o comércio injusto e afirma que o templo deve ser casa de oração para todos os povos (Mc 11,17). Fazendo assim, ele resgata a profecia de Isaías que estendia a salvação aos estrangeiros e manda abolir as restrições da lei que proibia a participação de eunucos, bastardos e estrangeiros na assembleia de Iahweh (Dt 23,2-9).
Na parábola dos vinhateiros homicidas, Marcos faz alusão ao fato de que a mensagem será tirada do povo eleito, os judeus, e será dada aos outros, aos pagãos (Mc 12,1-12). Depois da morte de Jesus, Marcos apresenta a profissão de fé de um pagão ao pé da cruz. Ao citar o centurião romano e seu reconhecimento de Jesus como Filho de Deus, está dizendo que o pagão é mais fiel do que os discípulos e mais fiel do que os judeus (Mc 15,39).
A abertura para os pagãos aparece de maneira muito clara na ordem final dada por Jesus aos discípulos, depois da sua ressurreição: Ide por todo o mundo, proclamai o Evangelho a toda criatura (Mc 16,15).

sábado, 1 de setembro de 2012

Sobre o puro e o impuro (Mc 7,1-23) - Jesus realiza o grande desejo do povo: estar em paz com Deus

Texto extraído do livro CAMINHANDO COM JESUS.
Coleção A Palavra  na Vida 182/183.
De Carlos Mesters e Mercedes Lopes.
Saiba mais em vendas@cebi.org.br

O evangelho deste final de semana fala dos costumes religiosos da época de Jesus, muitos dos quais já tinham perdido seu sentido e até atrapalhavam a vida do povo, ameaçando as pessoas com castigo e inferno. Enxergavam pecado em tudo! Por exemplo, comer sem lavar as mãos era considerado pecado. Mesmo assim, estes costumes eram conservados e ensinados, ou por medo, ou por superstições. Vamos conversar sobre isso!

SITUANDO

Neste círculo, olhamos de perto a atitude de Jesus frente à questão da pureza. Anteriormente, Marcos já tinha tocado neste assunto da pureza: em Mc 1,23-28, Jesus expulsou um espírito impuro. Em Mc 1,40-45, ele curou um leproso. Em Mc 5,25-34, curou uma mulher considerada impura. Em vários outros momentos, ele tocou em doentes e deficientes físicos, sem  medo de ficar impuro. Agora, aqui no capítulo 7, Jesus ajuda o povo e os discípulos a aprofundar este assunto da pureza e das leis da pureza.

Desde séculos, os judeus, para não contrair impureza, eram proibidos de entrar em contato com os pagãos e de comer com eles. Mas nos anos 70, época de Marcos, alguns judeus convertidos diziam: "Agora que somos cristãos temos que abandonar estes costumes antigos que nos separam dos pagãos convertidos!" Outros, porém, achavam que deviam continuar a observar as leis de pureza. A atitude de Jesus, descrita no evangelho de hoje, ajudava-os a superar o problema.

COMENTANDO

Marcos 7,1-2: Controle dos fariseus e liberdade dos discípulos

Os fariseus e alguns escribas, vindos de Jerusalém, observavam como os discípulos de Jesus comiam pão com mãos impuras. Aqui há três pontos que merecem ser assinalados: 1) Os escribas são de Jerusalém, da capital! Significa que tinham vindo para observar e controlar os passos de Jesus. 2) Os discípulos não lavam as mãos para comer! Significa que a convivência com Jesus os levou a criar coragem para transgredir normas que a tradição impunha ao povo, mas que já não tinham sentido para a vida. 3) O costume de lavar as  mãos, que, até hoje, continua sendo uma norma importante de higiene, tinha tomado para eles um significado religioso que servia para controlar e discriminar as pessoas.


Marcos 7,3-4: A Tradição dos Antigos

A "Tradição dos Antigos" transmitia as normas que deviam ser observadas pelo povo para ele conseguir a pureza exigida pela lei. A observância da pureza era um assunto muito sério. Eles achavam que uma pessoa impura não poderia receber a bênção prometida por Deus a Abraão. As normas de pureza eram ensinadas para abrir o caminho até Deus, fonte da paz. Mas, na realidade, em vez de ser uma fonte de paz, elas eram uma prisão, um cativeiro. Para os pobres, era praticamente impossível observá-las. Eram centenas de normas e leis. Por isso, os pobres eram desprezados como gente ignorante e maldita que não conhece a lei (Jo 7,49).

Marcos 7,5: Escribas e fariseus criticam o comportamento dos discípulos de Jesus

Os escribas e fariseus perguntam a Jesus: Por que os teus discípulos não se comportam conforme a tradição dos antigos e comem o pão com as mãos impuras? Eles fingem estar interessados em conhecer o porquê do comportamento dos discípulos. Na realidade, criticam Jesus por ele permitir que os discípulos transgridam as normas de pureza. Os fariseus formavam uma espécie de irmandade cuja principal preocupação era observar todas as leis de pureza. Os escribas eram os responsáveis pela doutrina. Ensinavam as leis referentes à observância da pureza.


Marcos 7, 6-13: Jesus critica a incoerência dos fariseus

Jesus responde citando Isaías: Este povo me honra só com os lábios, mas o seu coração está longe de mim. Insistindo nas normas de pureza, os fariseus esvaziavam os mandamentos da lei de Deus. Jesus cita um exemplo concreto. Eles diziam: o fulano que oferecer ao Templo os seus bens não pode usar esses bens para ajudar os pais necessitados. Assim, em nome da tradição esvaziavam o quarto mandamento, que manda amar pai e mãe. Até hoje, tais pessoas parecem muito observantes, mas é só por fora. Por dentro, o coração delas fica longe de Deus! Como diz o canto: "Seu nome é Jesus Cristo e passa fome, e vive à beira das calçadas. E a gente quando vê passa adiante, às vezes para chegar depressa à Igreja!" No tempo de Jesus, o povo, na sua sabedoria, não concordava com tudo que se ensinava. Esperava que, um dia, o  messias viesse indicar um outro caminho para alcançar a pureza. Em Jesus se realiza esta esperança.

Marcos 7,14-16: Jesus abre um novo caminho para o povo se aproximar de Deus

Ele diz para a multidão: "Não há nada no exterior do ser humano que, entrando nele, possa torná-lo impuro!" (Mc 7,15). Jesus inverte as coisas: o impuro não vem de fora para dentro, como ensinavam os doutores da lei, mas sim de dentro para fora. Deste modo, ninguém mais precisa se perguntar se esta ou aquela comida ou bebida é pura ou impura. Jesus coloca o puro e o impuro num outro nível, no nível do comportamento ético. Ele abre um novo caminho para chegar até Deus e, assim, realiza o desejo mais profundo do povo.

Marcos 7,17-23: Em casa, os discípulos pedem explicação

Os discípulos não entenderam bem o que Jesus queria dizer com aquela afirmação. Quando chegaram em casa, pediram uma explicação. Jesus estranhou a pergunta dos discípulos. Pensava que eles tivessem entendido a parábola. Na explicação aos discípulos, ele vai até ao fundo da questão da pureza. Declara puros todos os alimentos! Ou seja, nenhum alimento que de fora entre no ser humano pode torná-lo impuro, pois não vai até o coração, mas vai para o estômago e acaba na fosse, e, conforme o pensamento da época, o que entrava na fossa não era considerado impuro. Mas o que torna impuro, diz Jesus, é aquilo que de dentro do coração sai para envenenar o relacionamento humano. E ele enumera: prostituição, roubo, assassinato, adultério, ambição, etc.

Assim, de  muitas maneiras, pela palavra, pelo toque e pela convivência, Jesus foi ajudando as pessoas a conseguir a pureza. Pela palavra, purificava os leprosos, expulsava os espíritos impuros e vencia a morte, que era a fonte de toda a impureza. Pelo toque em Jesus, a mulher excluída como impura ficou curada. Sem medo de contaminação, Jesus comia junto com as pessoas consideradas impuras.

ALARGANDO

As leis da pureza no tempo de Jesus

O povo daquela época tinha uma grande preocupação com a pureza. A lei e as normas de pureza indicavam as condições necessárias para alguém poder comparecer diante de Deus e se sentir bem na presença dele. Não se podia comparecer diante de Deus de qualquer jeito. Pois Deus é Santo. A Lei dizia: "Sede santos, porque eu sou santo!" (Lv 19,2). Quem não era puro não podia chegar perto de Deus para receber dele a bênção prometida a Abraão.

A lei do puro e do impuro (Lv 11 a 16) foi escrita depois do cativeiro da Babilônia, cerca de 800 anos depois do Êxodo, mas tinha suas raízes na mentalidade e nos costumes antigos do povo da Bíblia. Uma visão religiosa e mítica do mundo levava o povo a apreciar as coisas, as pessoas e os animais a partir da categoria da pureza (Gn 7,2; Dt 14,13-21; Nm 12,10-15; Dt 24,8-9).

No contexto da dominação persa, nos séculos V ou IV antes de Cristo, diante da dificuldade para reconstruir o templo de Jerusalém e para a própria sobrevivência do clero, os sacerdotes que estavam no governo do povo da Bíblia ampliaram as leis de pureza e a obrigação de oferecer sacrifícios de purificação pelo pecado. Assim, depois do parto (Lv 12,1-8), da menstruação (Lv 15,19-24) ou da cura de uma hemorragia (Lv 15,25-30), as mulheres tinham que oferecer sacrifícios para recuperar a pureza. Pessoas leprosas (Lv 13) também deviam oferecer sacrifícios. Uma parte destas oferendas ficava para os sacerdotes (Lv 5,13).

No tempo de Jesus, tocar um leproso, comer com publicano, comer sem lavar as mãos, etc, tudo isso tornava a pessoa impura, e qualquer contato com esta pessoa contaminava os outros. Por isso, as pessoas "impuras" deviam ser evitadas. O povo vivia acuado, sempre ameaçado pelas tantas coisas impuras que ameaçavam a vida. Era obrigado a viver desconfiado de tudo e de todos.


Agora, de repente, tudo mudou! Através da fé em Jesus, era possível conseguir a pureza e sentir-se bem diante de Deus sem que fosse necessário observar todas aquelas leis e normas da "Tradição dos Antigos". Foi uma libertação! A Boa Nova anunciada por Jesus tirou o povo da defensiva, do medo, e lhe devolveu a vontade de viver, a alegria de ser filho e filha de Deus, sem medo de ser feliz! 

Fonte: http://www.cebi.org.br/noticia.php?secaoId=21&noticiaId=3313


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